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Foto do escritorDr. Fabio C. Veiga

Fratura do ossos dos pés


A estrutura do pé é complexa, formada de ossos, músculos, tendões e outros tecidos moles. Dos 26 ossos do pé, 19 são ossos dos dedos do pé (falanges) e os ossos metatarsos (ossos longos no médio-pé). Fraturas dos metatarsos e dos dedos do pé são comuns e requerem uma avaliação clínica cuidada. Estas Fraturas dividem-se sobretudo em Fraturas traumáticas e Fraturas por stress.

Fraturas traumáticas são causadas por um golpe Direto ou impacto no dedo e/ou pé. Se for uma Fratura com deslocamento, o osso está partido de tal forma que os topos ósseos mudaram de posição relativa.

As Fraturas por stress consistem numa fissura no osso provocada pela pressão de um esforço repetitivo, geralmente mais associado à prática desportiva. Também poderão ser causadas por uma estrutura anormal do pé, deformidades, osteoporose, ou calçado inadequado.


Sinais e sintomas/ Diagnóstico


Numa Fratura traumática:


Por vezes o paciente ouve o ruído da Fratura no momento da lesão

Dor localizada que aparece logo após o momento da Fratura. No entanto, nos casos menos graves pode desaparecer ao final de umas horas.

Pode notar-se alguma saliência anormal por baixo da pele na zona da lesão.

Hematoma e inchaço no dia seguinte.

Não é verdade que "se consegue andar sobre o pé, ele não está partido." A avaliação clínica do pé e tornozelo é sempre recomendável.


Numa Fratura de stress:


Dor durante ou após a Atividade física

A dor desaparece quando está em descanso e retorna quando em Atividade

Sensibilidade na zona da Fratura e ligeiro inchaço

Uma boa avaliação clínica do pé e tornozelo é essencial para o diagnóstico de uma Fratura dos metatarsos e dedos. Um raio-X é geralmente necessário para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da lesão. As Fraturas de stress podem passar sem diagnóstico até ao final de 1-3 semanas, em que poderá ser palpável uma pequena elevação (calo ósseo) na zona da Fratura. Um TC Poderá ser importante para confirmar o diagnóstico.


Tratamento


O tratamento em fisioterapia, imediatamente após a lesão e enquanto o diagnóstico não está confirmado, consiste e controlar os sinais inflamatórios, através de:

Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão.

Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.

Elevação: O pé deve ser elevado um pouco acima do nível do seu coração para reduzir o inchaço.

Depois do diagnóstico confirmado, o tratamento das Fraturas dos dedos inclui:

Descanso. Por vezes, é o suficiente para tratar uma Fratura do dedo do pé.

Imobilização. O dedo do pé pode ser imobilizado com tape, normalmente unindo 2 dedos adjacentes.

Calçado com sola rígida, que protege os dedos do pé e ajuda-os a manterem-se na posição correta.

Cirurgia. Se houver deslocamento dos topos ósseos ou se a articulação é tiver sido afectada, a cirurgia pode ser necessária. A cirurgia muitas vezes envolve o uso de dispositivos de fixação, tais como parafusos. Implica a imobilização durante 4-6 semanas.


O tratamento das Fraturas dos metatarsos inclui:


Descanso.

Evite a Atividade física que provocou os sintomas. Muletas canadenses são por vezes indicadas para descarregar o peso do pé para dar-lhe tempo para curar.

Imobilização gessada, ou sapato rígido. Um sapato de sola dura ou outra forma de imobilização pode ser utilizada para proteger o osso Fraturado enquanto está em fase de cicatrização.

Cirurgia. Algumas Fraturas traumáticas dos metatarsos requerem cirurgia, especialmente se houver um grande deslocamento dos topos ósseos.

No período após imobilização com gesso ou tala deve ser iniciado um programa de fisioterapia. As técnicas que revelam maior eficácia nesta condição:

Exercícios para melhorar a flexibilidade, força e equilíbrio (incluindo exercícios em carga)

A aplicação de calor antes dos exercícios para aumentar a irrigação sanguínea e de gelo no final para prevenir sinais inflamatórios.

Mobilização articular.

Educação do paciente e plano de retorno gradual à Atividade.

Massagem de mobilização dos tecidos moles.

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